quinta-feira, 11 de outubro de 2012


DISTANTE... JAMAIS ESQUECIDO


Sei que nesta imensidão

o sentido se dispersa,

na orquestra tocada

para nossos sonhos ninar.

Sei que em algum momento

 no profundo sono

o meu sonho irá te encontrar.

E se muitas vezes te procuro

 e não te encontro

Culpo imediatamente

a estupenda imensidão.

Quando acordo neste ermo

 e não consigo te achar

vasculho até no sopro

 do vento lunar.

E as galáxias

já são velhas conhecidas.

Nem falo deste

 alcançável pólo glaciário,

pois não quero apagar

 o fogo do amor.

Ao contrário quero te amar

 até no imaginário.

Se é tortura o inatingível

 quero ser ainda mais platônico.

Que envergue a minha razão

 até suprimir meus desejos,

continuarei surfando na via láctea

dos meus sonhos.

Sonhando, aventurando

e agarrado neste sobrenatural...

Continuo enternecido

neste amor jamais encontrado...

Neste amor jamais esquecido.
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário