sábado, 11 de agosto de 2012

                                             VOCÊ É O MEU ELO PERDIDO

Num sentimento atroz minha alma de abandono é quem fala por nós.  
Sentimentos vagueando no tempo nas tristes lágrimas choradas na alma em lamento. Encontros casuais dos desejos lascivos em admiráveis pensamentos cativos que fizeram do teu o meu abrigo nos nossos dias sonhadores.
 Olhares perdidos na sedução e logo encontrados na profusão da ternura.
 Alegrias impossibilitadas de regresso e a recordação do teu ser amoroso, entremeadas em versos que surgem do coração.
 Sem alaridos em ecos perdidos ressurge o clamor pela retomada da aglutinação das nossas vidas.
 Brados ressoam nas minhas queixas pelo retorno do teu amor.
No sopé da mesma montanha onde começou nosso romance fico esperando,
triste e solitário desejando que um dia você retorne mostrando-me o contrário do dissabor.
Você é o meu elo perdido!
As parcas doses do veneno carência em que me envolves na ausência transformam-se em nebuloso elixir.

 Você continua sendo a composição assídua da minha razão de viver, até mesmo na angústia.
Você é o meu elo perdido!
Os velhos bons momentos incrementam o tormento da tua falta, do meu bem mais precioso que um dia partiu, causando mágoa profunda que nunca mais foi curada.

 E que jamais irá curar.
 Nesta ferida da permanente distância, você é o meu elo perdido!
Num sentimento sublime minha saudade no abandono é quem chora por nós. Volúpia de seres comuns no desejo de amar, que um dia foram alimentados por mútua constante admiração. Lindos momentos de rara preciosidade onde braços entrelaçados bradavam em emoção, loucura dos desejos proibidos manifestados em lábios calados gritando em introspecção.

 Deliciosos pecados por nós realizados em ternura absurda, alimentando dois seres nas viagens delirantes, esbaforidos no magnífico profano.
E a nostalgia insiste em ser duradoura companheira.

Que vida! Esta sina deste grande amor perdido danoso e destrutivo.
 Sendo assim, deixarei a memória apagar-se em alma inflamada de padecer.
Em prantos de tristeza infinita, entre as falas, dos ecos e dos gritos tentarei te esquecer.
E que este esquecimento me venha bem antes da morte para que eu consiga por sorte um pouco viver.
 Então, pacificarei minha saudade abandonando o abandono.
E tu serás o meu elo temporariamente esquecido para na eternidade nosso amor renascer. 

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